sábado, julho 11, 2015

OPINIÃO: A NOVELA POLÍTICA QUE VIROU UM QUEBRA-CABEÇA EM ARARIPINA

Foto: Paulo Elias

A justiça pode até demorar em dar uma resposta com celeridade à população, que em sua maioria aguarda ansiosa o desfecho da Operação Paradise e o fim do sigilo e dos segredos (redundei) para todos saberem o que realmente consta no Inquérito Policial, ou o que “diacho” tem emperrado algo que todos nós já estamos fartos de saber que já fora concluído. Mas essa turma que ilustra a foto não quis esperar.
Algumas figuras presentes como o médico Agamenon Braz, um dos que realmente teve a hombridade e a coragem de se afastar do grupo do prefeito, logo que percebeu as sujeiras, pode compor o grupo de coalizão, o que para todos cria aquela sensação de que o FRENTÃO está virando moda e tem sido um filho parido a cada quatro anos, mas que não tem trazido benefícios e nem solução para uma Araripina que só regride. Com Lula Sampaio foi assim, com Alexandre Arraes foi assim, e a cada FRENTÃO formado pelas forças políticas do Município, a esperança se renova, mas sempre tem findado com esse esfacelamento que na opinião do editor deste, só quem perde é a população. Agora é preciso se repensar numa ideia nova para substanciar esse aglomerado de políticos (o que não acredito). Uns já fazem fileira no grupo pensando em cargos, em empregos para os amigos, correligionários, parentes, gatos, cachorros, enfim, uma prática costumeira que suga todos os recursos que podia muito bem ser racionalizados para “servir a todos” e não a uma meia dúzia.
O momento pode até ser importante para neutralizar as ações unilaterais dirigidas sempre pela Primeira-Dama, nunca pelo gestor, que tem favorecido escancaradamente à “família”, parecendo transparecer que o destino do Município está fadado ao fracasso e o convescote acima, pode ser um divisor de águas.
Os Anelídeos já começam a flertar com o grupo (basta dar uma espiadinha na foto que o namoro é pra valer) e o FRENTÃO sempre tem gerado esse tipo de prole “tubarão” que mata os outros filhotes não por extinto assassino, mas pelo motivo de sobrevivência.
Vamos então ficar aqui, ou lá, sem condenar ainda o que está em formação, provavelmente com o discurso de que é tudo pelo bem do nosso povo.
Mas os questionamentos podem ajudar nesse quadro adverso que no momento forma um novo núcleo político em Araripina:
Dos vários vereadores presentes no evento realizado na fazenda do vice-prefeito para receber as autoridades do PMDB no Estado, pode se contabilizar mais baixas na bancada da situação em Araripina?
O médico Valmir Filho (PMDB) se fortalece novamente para lançar seu nome numa chapa majoritária e favorita no ano que vem?
Pode surgir um nome para vice com Valmir Filho que já tenha sido articulado e sondado nesse encontro?
Valmir Filho pode encabeçar uma chapa com Evilásio Mateus apoiado pelo grupo da oposição, ficando acordado uma possibilidade de apoiar um estadual e  federal em 2018 do próprio grupo?
Seria uma aproximação da oposição com o Governo do Estado?
Raimundo Pimentel pode fazer dobradinha com Valmir Filho? Ou vão chegar a um consenso na indicação do Vereador Bringel Filho? 
Sobra uma brecha para uma Terceira Via forte e encorpada?
As pessoas serão favoráveis a esse novo frentão?
O grupo do Prefeito se juntaria a um outro nome, apoiado pelo ex-prefeito Lula Sampaio,  que não seja Leonardo Batista? Ou vai ele mesmo?
E o Médico Aluísio Coelho será sondado pelo grupo de situação, ou seguirá tentando atrair os votos dos que são contrários a essa nova coalizão?
Como vimos no que pude analisar subjetivamente, que é uma novela pra lá de complicada e que cada um de nós teremos que montar o próprio quebra-cabeça.
“Como nenhum político acredita no que diz, fica sempre surpreso ao ver que os outros acreditam nele.”

Charles de Gaulle
  1. Caro Everaldo, o conheço de longa data (talvez você não se lembre de mim quando criança nas ruas da COHAB 1, vizinho da nossa querida dona Lurdes e do "seu" Ranilson, o popular Véi do Rio). Tenho lido algumas postagens suas e vejo que temos uma linha de pensamento raciocínio bastante similar.

    Ambos enxergamos os grupos políticos (ou politiqueiros?) de Araripina sempre fadados ao fracasso, pelo menos no que diz respeito ao bem público comum. São sempre os filhos dos filhos dos mesmos que sobem ao poder, que se utilizam das artimanhas herdadas no berço para ludibriar a população e perpetuar-se como opressores. Opressores estes que minam de muitos dos seus cidadãos a esperança de crescer no seio da sua família, devido aos inúmeros obstáculos impostos por eles. É sempre aquele mesmo discurso de que "você tem que falar com Fulano, que é primo-genro-neto de Beltrano que por fim, tem ligações com A, B ou C e vai te dar uma oportunidade". Nessas horas o orgulho fala mais alto e nos vemos obrigados a rumar novos caminhos em busca de liberdade.

    É uma pena que a sociedade araripinense, em sua grande maioria, infelizmente acostumou-se a aceitar os mandos e desmandos típico dos grandes coronéis em troca do velho pão e circo, que desde Roma tem sido muito eficaz. Muitos são temerosos de enfrentar o poder vigente por causa de represálias. E estão certos. Uma vida vale mais que qualquer coisa.

    O que me aflige, colega, é não ter essa perspectiva de que num futuro próximo surja alguém que realmente tenha vontade de fazer política nos moldes helênicos, em que o objetivo principal é o bem-estar comum.

    Resta-nos fazer jus ao que Euclides da Cunha comentou: que antes de tudo, o sertanejo é um forte.

    Sejamos.

    Abraços.

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